O conto “O Véu” é
um fanfic concebido por A.M Narciso e
inspirado no livro “Redes Sensuais” de L.Midas, o qual colaborou com a
adaptação e revisão final. Redes
Sensuais está disponível gratuitamente no seguinte link: http://www.ge.tt/78mDJLP .
Maiores informações na fan-page: HTTP://www.facebook.com/RedesSensuais
la_venus_del_espejo
O Véu, de
A.M.Narciso & L.Midas
‘Quando o elemento de insatisfação adentra em si o natural é
buscar preenchê-lo, seja o tempo, o sentimento ou o contato. Os interesses que
se sobrepõem acima de todas as circunstâncias, são verdadeiros véus’. Miriam
fecha o livro “O Véu de Vênus” não sem antes pensar se o que estaria para
acontecer não a transformava em uma das personagens desta que era sua obra
predileta. Levanta-se de sua aconchegante poltrona e faz um check-list mental.
Constata que ainda tem tempo e abre o laptop. Spam, email da sua irmã
reclamando da vida. Abre o Facebook. Conforme noticiou na grande rede social,
estava na Europa participando de um Congresso de Artes. “Sim, será uma breve
temporada que promete muitas aventuras.” A mais importante delas,
minuciosamente planejada, um encontro com uma paquera do Facebook. Um homem,
brasileiro, super sensual que a conquistou no primeiro “inbox”. Ele devia saber
que ela estava pelas terras medievais (afinal, estava “anunciado” no Facebook
para quem quisesse ver) mas a Europa é grande. Ele, da última vez, perguntou se
poderiam se encontrar, mas ela explicou que a agenda seria muito movimentada
com diversas exposições e palestras. E que, como curadora de arte, não poderia
faltar: Afinal, haviam pago a passagem e hotel de primeira classe exatamente
pela sua presença. O que ele não sabia é
que Miriam adorava o elemento-surpresa: no dia anterior havia feito o check-in
no aclamado hotel londrino, visto de perto o Big Ben, passeado no London Eye.
Caminhadas que lhe inspiraram lembranças. Como se dantes já conhecesse aquela
paisagem de forma tão nítida. Como se já tivesse esperado antes por um amante
desconhecido. Era tudo fácil. Afinal, há
muito sabia, através dos emails trocados quando o Facebook não dava vazão aos
sentimentos devido ao fuso horário, a assinatura com contatos profissionais:
Carlos E. Souza, “Chief Information Officer, British Telecom”, telefone +44 32
4567689. Horas antes, teclara este número
e do outro lado uma voz masculina adentrara por seus ouvidos, e de imediato sentiu
um arrepio na espinha e na barriga como o primeiro beijo de adolescente. Procurou
ser curta, ele queria muitas explicações, mas se desculpou dizendo que não
podia falar no momento, ela sabia que ele abriria o espaço na agenda custe o
que custasse. Horário, data e local acertados na verdade ela confere o relógio:
faltam cinco minutos. Fecha o laptop. O virtual é um mundo paralelo, uma
realidade paralela, uma inexistência real, uma simulação, um simulacro talvez,
um sonho... É a conta de conferir os últimos detalhes e o telefone do quarto
toca avisando da chegada do visitante. Carlos se depara com a porta do quarto,
toca a campainha e ouve uma voz feminina pedindo que entrasse, trancasse a
porta e se acomodasse no divã da sala do apart. Adentra e depara-se com luzes
apagadas, velas acesas por todos os lados. O coração bate acelerado. Ainda
tenta se acostumar com a penumbra do quarto. Vislumbra em cima do mezanino o
livro “O véu de Vênus” de Anita Iset que foi “a causa” do contato inicial no
Facebook. Não consegue visualizar a presença de sua conquista virtual quando vê
ao longe uma sombra saindo de um canto da suíte com um hobby vermelho
transparente. Sua visão parece embaçada pelas fumaças
das velas e pelo choque da iluminação forte do corredor em contraste com
a penumbra da suíte. Sabe que há muito desejava estar neste lugar, havia meses
que sonhava com este momento. Viu o contorno de
curvas de uma mulher de salto alto, usando um corpete e cinta-liga vermelhos,
pele branca e cabelos ruivos e reluzentes. A boca vermelha complementa o
conjunto que reluz sob o treme-treme das luzes das velas. Ela é direta e pede-o
que não se mova um dedo sequer e fique em silêncio apenas observando-a de pé ao
lado do mezanino...e assim ele obedece deslumbrado com a cena...novamente o
sonho... conforme uma vez haviam virtualmente combinado que assim seria. “Tudo tão surpreendente, inesperado,
inacreditável. Sonhos às vezes se tornam realidade”. Custa a acreditar na sua sorte, mas miragem
ou não, sente algo dentro de suas calças latejando violentamente, como querendo
saltar para fora da cueca que agora lhe apertava chegando a provocar uma dor
deliciosa. Ela vai se aproximando e cumprimenta-o com o olhar de entendimento
mútuo que diz “essa era a nossa fantasia”. Ela percorre seu rosto e sua
respiração por todo o rosto dele e deixa-o ainda mais louco com aquela troca de
calor sem poder sequer se mexer e ou tocá-la, afinal, ela é uma desconhecida,
ambos são na realidade desconhecidos um para o outro. Ela o mantém dominado
pelo olhar, e percorre a mão por cima da camisa branca e começa a desabotoá-la.
Descortina um peito branco e macio. Ele sentiu aquele primeiro toque tão
desejado. Em um reflexo, tenta mexer a mão e é repreendido de imediato. “Carlos,
lembra o que combinamos?” diz ela. A voz é sedosa e sensual, mas não deixa
dúvidas que aquilo era uma ordem. As pernas nuas dela deslizam entre as suas, a
mão dela desliza cada vez mais embaixo e vai de encontro com seu mastro já
latejante e rubro. Sem a menor sombra de pudor e sem dizer uma palavra ela
apenas sorri um sorriso sedutor que o deixa mais louco. A esta altura, ela desabotoa
o cinto da calça e a protuberância de macho se aloja entre as pernas de ambos.
A deusa de vermelho senta-se em cima do mezanino e puxa-o entrelaçando entre as
suas coxas prendendo-o a si fisicamente, ambos sabem que é o sinal para a realização
física das ideias virtuais que trocaram por meses a fio. Ele traz para perto de
seu rosto a sua boca vermelha e quente, ela contorna suas mãos no pescoço dele
e ambos se puxam reciprocamente, no beijo ardente que faz ambos entenderem que
as preliminares já estavam feitas. Num movimento rápido ele desenlaça o hobby
que a envolve e a olha fundo como se a conhecesse de outras vidas, de outras
encarnações. Ali no mezanino eles se atracam, se enlaçam e se penetram...jogam
as roupas ainda por tirar ao lado e nus transam rápidos, frenéticos e
desesperadamente. Toda uma volúpia de desejo e paixão se exala dos corpos que
se envolvem, durante horas, no mezanino, no divã e na cama...molhados de
paixão, suores se misturam em meio ao êxtase e rastros por toda parte. Ele a penetra devagar, sentindo-a a cada palmo
de seu interior, de seu calor vaginal. Como ela é quente, apertada e deliciosa.
Ele geme e beija-a demasiadamente como se matasse naqueles beijos alucinados a
sede da água e do sabor daquele néctar feminino exalando dentro de si. Mais
uma, outra e mais outra estocada e ele novamente expelindo o desejo guardado. De
todas as posições, a inicial do encontro ainda reinava soberana, pois ela havia
sido capaz de imobilizá-lo só pelo poder sexual emanado dos seus olhos, da
mente... de imaginar que estaria por realizar seus desejos virtuais. Os corpos,
este sim, reais, agora se esfregam frêmitos de gozo, prazer e tesão. Gritos e
gemidos de prazer real ecoam em seus ouvidos e líquidos jorraram entre os lençóis.
Suas mãos deslizam por entre as pernas dela,
descortinam seus segredos, sua púbis, seu prazer. Ela lhe olha, ainda mais
sedutora que nunca, estendendo-lhe uma taça de champanhe para molhar-lhe a
garganta seca de tanto lamber, chupar, beijar. Estava suado, cansado, mas ainda
desfrutaria muito daquela mulher. Tinham muito tempo ainda. No balde de gelo,
vislumbrou ainda uma segunda garrafa. Entendeu a mensagem da segunda garrafa:
“Não foi à toa que ela disse que adorava servir de copo...”
Miriam
o vê acordar, subitamente, de um tranco. Parece atordoado. Nota-lhe o olhar,
inicialmente turvo, desanuviar. Ele parece não entender porque está ali. Ou
quem ela é. Nota-o lentamente recobrando os sentidos, tentando colocar juntas
as lembranças que lhe chegam faltando pedaços.
“Oi”,
ele diz, por fim.
“Olá”,
ela retruca com um grande sorriso.
“Você
tem ideia que horas são?”, ele pergunta.
“São
22:30”
“Quê?
Como? Quanto tempo dormi? Nossa, o que aconteceu? Tenho uma dor de cabeça
terrível”
“Querido,
deve ter sido a champagne. Você bebeu quase duas garrafas.” E aponta para o
balde de gelo, duas garrafas vazias comprovavam o fato. “Você não se lembra?”
“Na
verdade.... hummm... preciso ir ao banheiro. Acho que estou passando mal”.
Ele
levanta-se, atordoado, quase perdendo o equilíbrio. Nem sabe onde é o banheiro,
mas obviamente era para o lado direito. Devia ser para lá. Corre, nu,
segurando-se nas paredes. Miriam ouve a porta bater, e um barulho de vômito. “Pobrezinho,”
ela pensa.
Ouve
o chuveiro. Ele sai de lá, lívido. Parece um pouco recuperado. Tem uma toalha
envolta na cintura. Vai ao casaco, checa o celular. Pelo visto estava cheio de
mensagens. Ele parece mexer no aparelho por alguns minutos. Ela nota-o
observando-a de soslaio, estudando-a. Ela finge estar concentrada na TV, mas
ela também o segue com os olhos discretamente. Vê-o retirar a carteira da
jaqueta, abrir, e discretamente conferir o conteúdo. Ele abre a maleta, com a
desculpa de procurar um cartão ou algo semelhante, mas na verdade está
observando se o laptop está lá dentro. Parece satisfeito com o exercício,
porque dá meia volta e vem ao seu encontro na cama. Tem a toalha envolta na
cintura, mas ela nota que por baixo está nu.
“Desculpa
querida, me senti muito mal. Acho que foi o champagne. Isto nunca me aconteceu”.
“Você
vomitou? Ouvi um barulho.”
“Sim,
mas já estou bem melhor. Bebi água e escovei os dentes com a escova gratuita do
hotel. Espero não estar com gosto ruim.”
“Só
vou saber testando”, ela sorri, oferecendo a boca. Se beijam. Ela desliza a mão
por entre a toalha, pegando no membro flácido.
“Querida,
está tarde, perdi tanto tempo dormindo...”
A
mão dela já acaricia o membro. Ela lhe cala com um beijo, enquanto trabalha com
a mão. Com a outra, usa o controle remoto para desligar a TV e num ato contínuo,
abaixa a cabeça e engole todo o membro. Durante a tarde, antes do sono
profundo, ela mal aguentou engolir 1/3 do membro. Agora, a boca dela encostava
nas suas bolas quase engolindo-as, a língua mexia de um lado para o outro. Ele
gemia, gostava. Ela sorvia o membro em toda a sua extensão que continuava
flácido. Sentiu que o tempo passava e o homem começou a dar sinais de
impaciência...
“Querida,
isso nunca me aconteceu... quer dizer, acontece sim, se bebo muito. Acho que
não vou conseguir mais... e estou preocupado, porque já é tarde... não avisei em casa...”
Nitidamente
enrubescido e envergonhado, ele levanta-se da cama. “Desculpa”. “Quando você
vai embora mesmo?”
“Amanhã
cedo”
“Ah.
Que pena. Olha, eu tenho de ir...”
Ele
começa a se vestir. Está envergonhado. Ainda mais ele, que se gabava de ser
incansável em suas conversas pela internet. Que dizia que gozava muitas vezes
seguidas. Tudo mentira... Ou seria mesmo o efeito da champagne... “Querida, quando bebo muito isso acontece...
que diabos, como bebi tanto assim?”
Despedem-se
com um longo beijo na porta do quarto.
“Na
próxima... sem bebidas, tá”, ele diz para ela sorrindo.
“Querido...
você provou que tudo que disse era verdade... antes de dormir... não se
preocupe... eu adorei!!! Espero revê-lo em breve...” manda-lhe um beijo enquanto
o vê sumir elevador adentro.
Fecha
a porta e o sorriso se esvai. Tem de sair dali, rápido. Pelo sim, pelo não,
arriscar é bobagem. Existe software
que não evita, mas pode alertar o que aconteceu. Talvez ele descubra ao chegar
em casa. Talvez nunca.
Recolhe
as coisas, rapidamente. A esta altura Carlos já deve estar razoavelmente longe.
Telefona para a recepção, pede que fechem a conta e solicitem um táxi. “Para
aonde?” pergunta o recepcionista. “Enxerido” ela pensa. “Aeroporto!”
“Qual?”
ele insiste.
“Ai, que merda... que cara chato”. “Stansted”
Vê-se
nua no espelho. As pernas são lindas, a pele branca, sem varizes, sem rugas na
face. Tem 35 anos, mas passa por menos de 30. O rosto, a boca, os olhos...todos
perfeitos. Mas os seios são ainda seu maior diferencial. Obviamente siliconados
são grandes e firmes. Duros. O tamanho, relativamente desproporcional ao seu
corpo embora sem grandes exageros, prova que se trata de uma intervenção
artificial na natureza. O único problema é que quando um homem toca aqueles
dois montes voluptuosos ele entende que aquilo tudo é carne, não há cicatriz,
nunca existiu mão de cirurgião, ali quem operou foi somente a mãe natureza. Ela
pondera quanto tempo ainda tem em que eles continuarão a desafiar a gravidade.
“Bem, já que todo mundo acha que sou siliconada, se eles caírem e eu colocar
silicone ninguém nem vai saber mesmo, hahahaha” ela sorri para si mesma, e
pensa que um dia se aproveitará dos avanços tecnológicos da ciência que fazem
da mulher cada vez mais atemporal. “Um caso típico de profecia
auto-realizadora”, ela ri para si mesma.
Vai
no banheiro e abre um potinho de metal. Pega cuidadosamente uma pequena pílula
branca. Abre aquele que é o seu grande mimo: um anel, com uma pedra azul que carrega
no dedo médio. A pedra azul se destaca e revela um interior oco. Coloca
cuidadosamente uma pílula no anel, fechando-o novamente. Cada pílula, comprada
no mercado negro custa cinquenta dólares. Garantem um sono profundo de no
mínimo duas horas e no máximo quatro com pouca ou nenhuma ressaca ou efeito
colateral. Nada mais do que o que seria causado por duas garrafas de champagne.
Sempre sente um pouco de tristeza ao jogar fora o resto da champagne da qual
consumiram apenas dois cálices. Mais tristeza ainda ao abrir e imediatamente
esvaziar uma garrafa inteira na privada. Ainda mais ela que adora champagne.
Mas hora de beber, beber... hora de trabalhar, trabalhar....
Já
está pronta. Desce, puxando uma pequena mala marrom com emblemas das letras L e
V estilizados atrás de si. No ombro, uma
bolsa grande. O check-out é rápido e eficiente, o táxi a espera.
“Madam, it is the airport of Stansted, right?”
pergunta o motorista, apenas por cortesia.
“No,
not really. Eurostar terminal” retruca de forma firme e decidida.
Com
um pouco de sorte, ainda pegaria o último trem. Sempre existem lugares vagos na
primeira classe. Amanhã de manhã já estaria na França, pensou, enquanto o
típico táxi preto londrino deslizava nas ruas com pouco movimento. Ao seu lado,
dentro da bolsa, estava o seu laptop. Quando estivesse no hotel, em Paris,
faria o upload da cópia dos dados do laptop de Carlos que havia criado no seu próprio
computador. Na cidade-luz não teria outro encontro até o fim da semana: poderia
passear e se distrair um pouco. Rever o Louvre, subir a torre Eiffel a pé
relendo os inúmeros pôsteres explicativos ao longo do percurso de centenas de
degraus. O próximo amante “virtu-real” seria Bernt Kone, um Suíço figurão do
mundo dos negócios estando no conselho de administração não apenas do
conglomerado ABB o qual presidiu por vários anos mas também outras 4
multinacionais dos mais diversos setores. Quais segredos industriais estariam
no laptop deste senhor certamente nem os próprios compradores, que pagavam fortunas
por este material, saberiam em detalhes. Para Miriam, era tudo um jogo, era
tudo virtual, não se envolvia. Fechou os olhos, lembrou-se da hora em que ele a
penetrou profundamente, o orgasmo dela não foi virtual, foi real. “Bem, pelo
menos não precisei fingir”, pensou absorta vendo a paisagem se movimentar ante
aos seus belos olhos azuis. Ainda
manteria contato com o Carlos pela rede social, até para saber se ele descobriu
algo ou não. “Sempre é bom mantê-los por perto”, já dizia Sun Tzu mas sabia que nunca mais iria vê-lo e
assoprou um beijo mental para o amante daquela tarde enquanto saía do táxi. “E
adeus para você também, Londres”.
Gostou do
conto?
Leia
“Redes Sensuais” e inspire-se você também!
A.M.
Narciso
2 comentários:
Boa Noite,
(22/04/13 – 20h38)
Recomendo a leitura do conto “O Véu” de autoria dos escritores A. M. Narciso & L.Midas.
Quando comecei a ler o conto “O Véu” veio à sensação de já ter sido apresentada ao material que tinha nas mãos, mas, ao mesmo tempo o exercício de reflexão chamou a minha atenção para algumas expressões em especial: elemento de insatisfação; profecia auto-realizada e segredos. É uma forma de o leitor praticar um olhar além da mensagem literal do texto.
A virada começa quando as verdadeiras intenções de Miriam são reveladas, proporcionando algo de muito mais excitante ao momento da leitura “mistério”.
Passo a passo as ações da personagem são elaboradas com estratégia, aonde o leitor começa a questionar: quando a satisfação vai além do efêmero os meios justificam os fins?
Em minha opinião o conto “O Véu” revela-se um excelente trabalho a quatro mãos dos escritores Narciso e Mida.
Abraços,
Kátia Regina Maba
http://katiareginamaba.blogspot.com/ http://www.skoob.com.br/estante/livros/todos/17521
Obrigada ela partilha. Amei tudo, e tbm conhecer o blog. não consegui seguir.... mas deixo meu agradecimento e abraço.
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